quarta-feira, 17 de abril de 2013

Explicando as tricotomias com exemplos.

Na primeira tricotomia vou dar o exemplo de qualisigno e em seguida de sinsigno.
O qualisigno pode ser qualquer cor, nesse caso escolhemos a cor branca. O qualisigno não passa disso, ele é apenas uma qualidade de um signo, ao fazermos a relação (sinsigno), notamos que branco, era a cor de um boné.


Na segunda tricotomia, um exemplo de índice:
Para chegarmos no índice é preciso fazer relação para descobrirmos o que realmente aconteceu, na imagem abaixo podemos ver pegadas, que 'indicam' que alguém passou por ali.


Na terceira tricotomia, um exemplo de argumento:
O argumento descreve o que a imagem passou, se vermos a capa com uma pessoa sorrindo, não saberemos ao certo o que está querendo dizer, ou o motivo de tal felicidade. Iremos ver agora o porque em seu argumento: "Britney Spears está em sua melhor fase, de bem com a balança, em paz com os paparazzi e arrasando na night. Vem, Brit!"

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Definição e classificação dos signos.


Primeiridade: É uma consciência imediata, uma coisa pura para ser e sentir, digamos que seja a impressão (sentimento).
  Este outro signo de caráter logico é  o que Peirce chama de interpretante em si. Este consiste não apenas no modo como sua mente reage ao signo, mas no modo como qualquer mente reagiria, dadas certas condições. É a primeira apreensão das coisas, o estado-quase, aquilo que é ainda possibilidade de ser, deslancha irremediavelmente para o que já é, fazendo com que entremos no universo do segundo.
Secundidade:  É a categoria que faz sentir a ação de fatos externos, qualquer sensação já é considerado como secundidade.
  Sentimento ou impressão indivisível e sem partes, qualidade simples e positiva, mero tom de consciência é primeiro. Não se confunde com sensação, pois esta tem duas partes: a primeira é o sentimento e a segunda é a força da inerência desse sentimento num sujeito. Qualquer relação de dependência entre dois termos é uma relação diádica, isto é, secundidade.
Terceiridade: A terceiridade vai além deste espectro de estrutura verbal da oração. Ou seja, o indivíduo conecta à frase a sua experiência de vida, fornece à oração, um contexto pessoal.
  O signo não é só uma representação mental, mas sim uma ação ou experiência, ou apenas uma qualidade de impressão.
  Na terceira categoria encontramos a noção de signos genuínos, isto é, as formas quase sígnicas da consciência ou linguagem.


Definição dos signos.

  O signo é uma coisa que representa uma outra coisa, ele se define ao representar um objeto, mesmo representando um objeto falsamente.
  O signo não é objeto, ele apenas está no lugar do objeto, assim representando algo para seu intérprete, fazendo um processo criado em sua mente, sendo um signo ou quase-signo, que pode ser considerado não diretamente.
  Só pode ser considerado como signo, se o mesmo tiver poder para representar ou substituir uma outra coisa diferente dele.
  O objeto imediato diz como o objeto dinâmico está presentado no signo, se trata de um desenho, ou pintura, nos fazendo criar semelhança ao objeto.
  O interpretante imediato faz com que o signo esteja apto a produzir numa mente interpretadora qualquer.
  O interpretante dinâmico faz com que o signo produza algo na mente de todos.
  Este outro signo de caráter lógico é o que Peirce chama de interpretante em si. Este consiste não apenas no modo como sua mente reage ao signo, mas no modo como qualquer mente reagiria, dadas certas condições. 


Classificação dos signos.
  Peirce dividiu sua tabela de um modo logico, em uma forma triádícas (três a três)


1ª Tricotomia. 
  O quali-signo é uma qualidade, pode ser a impressão causada por uma cor, ele é uma espécie de pré-signo, se essa qualidade se singulariza ela se torna um sin-signo.
  Sin-signo é a singularização do quali-signo.
  Legi-signo é algo imposto por convenções, ou seja, algo que representa a mesma coisa para todas as pessoas, por exemplo o vermelho de pare nos sinais de transito.
2ª Tricotomia.
  Ícone faz relação ao quali-signo, ele destaca os aspectos qualificativos do objeto. É o resultado da semelhança do signo com objeto.
  Índice resulta uma singularização, assim como o sin-signo, é o resultado de uma relação por associação ou referencia.
  Símbolo resulta em legi-signo, estão representados por regras.
3ª Tricotomia
  Rema é o signo que para ser interpretante é de possibilidade qualitativa, é interpretado como possibilidade
  Dicente é uma proposição, é a interpretação do leitor de um signo, negativo ou positivo, porém, existente.
  Argumento expressa verdades, ou juízos verdadeiros que nem sempre vem em forma de escrita.




O QUE É SEMIÓTICA?


  Semiótica é a ciência dos signos que vem da raiz grega semion.
  Quando falamos em signo, a primeira coisa que nos vem a cabeça são os do zodíaco, mas a semiótica está muito além, ela estudo todas as línguas.

  A semiótica é a ciência que investiga todos os tipos de linguagens possíveis e também todo o modo de fenômenos como fenômeno de produção de sentido e significado.
O século XX testemunhou o crescimento não só de uma ciência, mas sim, de duas. Uma delas é a da linguagem verbal e a outra é a semiótica, ciência de toda e qualquer imagem.
  A língua verbal nativa, ou pátria, não é a única que conseguimos produzir, criar e transformar.
  Nós somos capazes de nos comunicarmos não só através da fala, também fazemos isso por meio de imagens, sons, musicas, sinais, seta, luzes, gestos e expressões, podemos ser considerados como seres simbólicos, ou seja, seres de linguagem.
  O legado de Peirce gerou a necessidade de uma ciência capaz de criar alguns dispositivos de indagação e instrumentos metodológicos com capacidade de desvendar o universo dos fenômenos de linguagem.  
  Nascido em 1839, em Cambridge, Massachussets, nos EUA, no dia 10 de setembro, cresceu sob influencia paterna, formou-se na Universidade de Harvard em física e matemática, conquistando também o diploma de químico na Lawrence Scientific School.
  Considerado como um dos mais profundos e originais pensadores norte-americanos, Peirce ao morrer em 1914, deixou contribuições em múltiplas áreas do conhecimento: semiótica, geodesia, metrologia e espectroscopia.